

História da Cisterna Grande
Naquele covão, lá onde Minde e a Mira estão (a rima é de Francisco Madeira Martins, poeta minderico), forma-se um mar de água imenso no inverno, mas de roto que é o chão, bem a brotam os algares em anos chuvosos e melhor a bebem nos meses de estio que se seguem, quando mais precisa seria para lavouras e gado. Como forma de contornar tal travessura da natureza, construiu o homem serrano poços de paredes empedradas nas zonas de solo mais argiloso, e por isso impermeável, assim como pequenas cisternas e pias junto das vinhas para fazer a calda bordalesa – tudo se encontra agora ao deus-dará.